O álcool que você leva na bolso ou na bolsa para higienizar as mãos quando está fora de casa, só funciona contra o vírus causador da Covid-19 na concentração de 70%. Portanto, qualquer produto com essa finalidade deve conter o álcool assim, nessa concentração, nem mais nem menos (investigue no rótulo). Algumas marcas também acrescentam ativos hidratantes para combater o ressecamento na pele provocado pelo álcool. Se forem veganas, melhor ainda, pois são produzidas com responsabilidade ambiental – medida urgente para amenizar o cenário de destruição da natureza e impedir futuras pandemias.
Boas escolhas
Achamos três marcas veganas disponíveis no mercado e que atendem o protocolo da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitário) do uso de álcool 70%, além do acréscimo de óleos essências ou outras substâncias calmantes e hidratantes.
Positiv.a: álcool gel 70% Lavanda e Melaleuca. Contém álcool, água desmineralizada, glicerina vegetal, hydroxyethylcellulose, goma xantana, Zemea vegetal, óleos essenciais de lavanda e melaleuca (teatree). A embalagem é feita de plástico coletado no oceano (500 ml, R$ 26,99).
Orgânico Natural: álcool gel 70% com extratos orgânicos de camomila, erva-doce e aloe vera. Contém álcool, glicerina vegetal, estabilizantes triethanolamine e carbomer (mantêm o álcool na textura de gel), extratos orgânicos de camomila, aloe vera e erva-doce e água. Embalagem é reciclada e reciclável (60 ml, R$ 9,90).
UNe Vie: gel lavanda e melaleuca e álcool 70%. Contém álcool, água desmineralizada, glicerina vegetal, natrosol, goma xantana, zemea vegetal, óleos essenciais de lavanda e melaleuca (teatree). Embalagem de vidro (219 ml, R$ 15,52).
Cuidados na maneira de usar
O álcool em gel 70% pode trazer prejuízos à saúde dos consumidores desatentos às recomendações de uso, pois se trata de um produto altamente inflamável, mais do que o álcool normalmente utilizado na limpeza da casa. Daí o alerta dos órgãos de saúde para não higienizar as mãos com o álcool em gel quando você vai cozinhar ou ficar perto do fogo. Os fumantes também devem ter esse cuidado.
Sempre leia o rótulo
Outra recomendação importante: compre sempre o produto de marcas confiáveis e, mesmo assim, leia atentamente os ingredientes presentes na composição. A liberação urgente do álcool em gel 70% por causa da pandemia, fez com que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) abrisse uma exceção: autorizou temporariamente as farmácias magistrais e fabricantes de medicamentos e cosméticos a produzirem e comercializarem o produto antes mesmo de submetê-lo à inspeção do órgão. Porém, listou as substâncias que devem ser utilizadas e as concentrações seguras e ideais no combate ao coronavírus:
Fonte: Secretaria de Estado da Saúde - Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde
As marcas que seguem essas recomendações da Anvisa, segundo o biomédico Eneo Alves Silva (@eneoalvessilva), de São Paulo, são seguras e não têm uso limitado. “Mesmo usado com frequência, o álcool em gel 70% não oferece risco”, explica Eneo, PhD em microbiologia. O risco de toxicidade existe apenas se houver a ingestão do produto, o que nunca deve ser feito.
Não tem rótulo? Não compre
Porém, cuidado com as falsificações. A substituição do álcool 70% por outra substância, como o etanol de posto de gasolina, por exemplo, torna o produto altamente tóxico e, portanto, nocivo à saúde. Caso encontre uma opção de álcool em gel sem rótulo ou fora do protocolo da Anvisa, não compre. É mais indicado você higienizar as mãos apenas com água e sabão – a dupla, aliás, é tão (ou mais) eficiente na prevenção da Covid-19 quanto o álcool em gel 70%. Fique de olho também no prazo de validade do produto, que deve ser no máximo de 180 dias. Sobre o selo do InMetro encontrada em alguns frascos, ele apenas certifica a segurança da embalagem para não pegar fogo, explodir ou vazar.
Fuja das receitas caseiras
Preparar o produto em casa não é uma boa ideia. Segundo o Conselho Regional de Química de São Paulo, o álcool em gel 70% feito de maneira improvisada é extremamente inflamável e, portanto, altamente perigosa. A comercialização do produto caseiro é considerada crime.