Reduzir o lixo gerado no dia a dia está entre os principais desafios das pessoas preocupadas com a saúde do planeta. Muitas substituíram as embalagens e produtos descartáveis pelos reutilizáveis, o que já faz uma boa diferença. As mulheres podem pensar também na possibilidade de substituir os absorventes convencionais pelos ecológicos. Aquelas que aderiram à ideia garantem que a adaptação é rápida e tranquila.
As mulheres que acham essa troca estranha, talvez mudem de opinião após acompanhar um cálculo rápido: são 20 absorventes, em média, utilizados a cada ciclo menstrual; 240 no ano e até 10 mil durante o período fértil. Agora multiplique esse total pelo número de mulheres, com idade entre 10 e 45 anos, no Brasil ou no mundo. Imaginou as montanhas de absorventes descartados nos aterros sanitários?
O tempo de decomposição também é assustador. Feito de polietileno, propileno, adesivo termoplásticos, papel siliconado, polímero superabsorvente, agente controlador de odor (materiais plásticos provenientes do petróleo) e celulose (árvores), o absorvente convencional demora mais de 400 anos para se desintegrar totalmente, com o risco de ainda deixar micropartículas de plástico na natureza.
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Real de Tecnologia, em Estocolmo, o absorvente íntimo deixa menos resíduo, mas também agride o meio ambiente. Isso porque o algodão usado na confecção, apesar de natural, demanda muita água e muito pesticida durante o cultivo. Significa que esse tipo de absorvente pode provocar irritação por causa das substâncias químicas que permanecem na matéria-prima (nada é capaz de remover os defensivos agrícolas do algodão). No caso do absorvente externo, a agressão na pele é causada pelo material plástico.
Modelos ecológicos
Existem três “absorventes” retornáveis que substituem com eficiência as versões convencionais
1. Coletor menstrual
No formato de copinho, feito de silicone maleável, o coletor menstrual se adapta à anatomia do corpo de cada mulher e, dependendo do fluxo, armazena até 12 horas de sangue. Após o uso, é necessário lavar o recipiente com água e sabão ou conforme a recomendação do fabricante. Reutilizável, dura até três anos. Marcas disponíveis no mercado: EcoAbs e Korui.
2. Absorvente de pano
Lembra as toalhinhas higiênicas usadas pelas nossas bisavós, confeccionadas com tecido de algodão. A versão atual é um pouco mais prática e confortável: tem a parte inferior impermeável e respirável, evitando que a pele fique “sufocada”. Após o uso, o fabricante recomenda deixar de molho em água fria e, depois, lavar normalmente. Durante o fluxo, a troca deve ser realizada a cada quatro horas ou conforme a necessidade. Marcas disponíveis no mercado: EcoAbs e Korui.
3. Lingerie absorvente
Quem acha que não vai se adaptar ao coletor ou ao absorvente de pano, pode experimentar a calcinha absorvente. Encontrada em diferentes modelos e tamanhos, é ultra-absorvente e reutilizável. Deve ser trocada de acordo com o fluxo (leve, médio ou intenso), o que pode variar de duas a quatro lingeries por dia. O processo de lavagem é o mesmo do absorvente de pano. Marcas disponíveis no mercado: EcoAbs, Korui e Pantys.
