Um amplo grupo formado por cientistas sociais, psicólogos e especialistas em geriatria, ligados a várias instituições nos Estados Unidos, revela uma descoberta animadora: manter uma perspectiva otimista durante o envelhecimento pode estar diretamente ligado a uma maior mobilidade em mulheres idosas, mesmo diante dos efeitos do tempo no corpo.
Em um estudo publicado na revista JAMA Psychiatry, a equipe realizou entrevistas e avaliações físicas em milhares de mulheres idosas, em diferentes centros clínicos. Os testes abrangeram medidas de força de preensão (ato de segurar ou agarrar), velocidade de marcha e habilidade de levantar-se de uma cadeira.
Os pesquisadores recorreram também aos resultados de um estudo prospectivo de coorte organizado pela Iniciativa de Saúde da Mulher (WHI). Mulheres na pós-menopausa, com mais de 65 anos, foram recrutadas entre 1993 e 1998, em 40 centros clínicos nos EUA, e acompanhadas por seis anos.
Realizada em 2020, a análise final incluiu 5.930 mulheres, com idade média de 70 anos, e revelou que um maior otimismo está associado à manutenção da funcionalidade física ao longo do envelhecimento. A partir dessa constatação, o estudo sugere que investir em atitudes positivas (se necessário, com intervenções psicológicas) pode aumentar o otimismo e, portanto, ser uma estratégia eficaz para retardar o declínio físico relacionado à idade.