Acupuntura, reiki e terapia holística são técnicas conhecidas por nos ajudar a restabelecer o equilíbrio físico, mental e até espiritual. Nessa linha de terapias complementares, acrescente mais uma opção: a microfisioterapia, já ouviu falar? É uma modalidade da fisioterapia, mas esqueça as sessões de choquinhos e dos exercícios com barras e elásticos. O profissional utiliza apenas toques e realiza palpações para avaliar alterações energéticas no corpo do paciente – desde um simples desconforto até uma doença física, emocional, nervosa ou tóxica. As manobras são suaves e sensíveis, feitas com a ponta dos dedos e a palma das mãos, em regiões específicas como cabeça, pescoço, ombros, tórax, costas, barriga e pernas.

“A microfisioterapia trabalha em cima dos pontos sinalizados pelo próprio corpo. O profissional faz essa leitura seguindo mapas de estudos e, então, consegue  identificar algum trauma físico ou emocional. Lembrando que muitas das nossas dores têm fundo emocional", explica a fisioterapeuta Thais Gonçalves, da Clínica Positura, em São Paulo. Aos poucos, a pele é estimulada e mobilizada, o que promove uma autocura do organismo mais rápida e eficiente. Apesar de relativamente novo no Brasil, o método existe desde a década de 80, quando foi criado na França pelo osteopata Daniel Grosjean e o fisioterapeuta Patrice Benini.  

De dor muscular à síndrome do pânico

Muitos problemas de saúde são resolvidos ou amenizados com a técnica, que não tem contra-indicação e pode ser aplicada em qualquer pessoa, em diferentes fases e momentos da vida (bebês recém-nascidos, crianças, adultos, gestantes, idosos), independentemente da doença física ou emocional. “Os pacientes relatam melhora nas dores físicas crônicas e agudas, nos quadros de depressão, síndrome de pânico, insônia, estresse ou mesmo em alterações no intestino e sistema imunológico”, afirma Thaís. Segundo a fisioterapeuta, o método também tem efeito preventivo.

Tratamento completo 

São necessárias três sessões de uma hora (cerca de R$ 300 cada uma). Depois disso, o paciente deve voltar a procurar o profissional a cada 30 dias para uma reavaliação, pelo menos até a alta definitiva do tratamento. Em que momento procurar a microfisioterapia? Assim que você perceber algo de errado no seu organismo (pode ser uma baixa de energia) ou mesmo depois de tentar outros tratamentos sem sucesso. Mas procure um bom profissional. "É  importante ressaltar que a microfisioterapia ainda é jovem no Brasil e, por isso, ainda são poucos os especialistas com um bom conhecimento da técnica”, alerta Thaís. É a partir do diagnóstico que o fisioterapeuta indica o paciente para um especialista na técnica. Outro caminho é pedir a indicação de um profissional para um amigo ou alguém da família que se submeteu às sessões e gostou do resultado.  

Cansaço é um bom sinal 

Após cada sessão, algumas pessoas sentem cansaço, têm diarréia, febre ou dor de cabeça. São reações adversas do organismo ao estímulo da microfisioterapia e que estão dentro do previsto. "Os sintomas pós-tratamento fazem parte do processo de liberação de tudo que traz incômodo para o corpo, a mente e a alma”, tranquiliza Thaís. Você pode, por exemplo, se livrar daquela angústia que provoca ansiedade ou depressão e, por isso, não quer mais viver com ela.