Nossas emoções precisam ser nossas maiores aliadas para que, assim, a gente possa atravessar este momento complexo e delicado com equilíbrio e serenidade. Mas sabemos que nem todo mundo consegue lidar bem com situações de crise. As queixas são variadas: “As pessoas relatam angústia, ansiedade, sensação de culpa e, principalmente, medo”, conta a psicóloga Jane Laub, do Foccus Núcleo de Psicologia Aplicada – grupo especializado em assistência psicológica em emergências e crises.
Diante disso tudo, o Foccus e profissionais parceiros disponibilizaram um canal de atendimento psicológico para as pessoas que sentirem necessidade de apoio psicológico. “A conversa online não substitui a psicoterapia ou tratamento de longa duração, mas ajuda as pessoas entenderem, por exemplo, o real motivo do medo”, explica Jane. O medo não está relacionado apenas à covid-19 em si, mas ao confinamento, às mudanças drásticas na rotina e incertezas. “Existe o medo do desconhecido, da perda de familiares, amigos, pessoas próximas. Medo da contaminação, da hospitalização e, claro, da possibilidade de morte”.
O confinamento também tem gerado sentimento de culpa. “Algumas pessoas se sentem culpadas por estarem bem, protegidas, estruturadas. Outras porque não aproveitaram situações anteriores; não se prepararam de alguma forma para o que está acontecendo agora. Os relatos mais comuns são: ‘Eu poderia ter ido ao médico ver esta questão antes e agora tenho medo’ ou ‘Eu poderia ter resolvido alguma coisa no meu cotidiano e agora não tenho como fazer’. Muitos têm a sensação de que não aproveitaram a vida como poderiam ter aproveitado e agora estão privados disso.”
Mesmo a tensão e ansiedade provocadas pela falta de privacidade e dificuldade de concentração – outras duas queixas de quem tem feito home office –, assim como qualquer outro sentimento negativo surgido durante o isolamento social, precisam ser identificadas e cuidadas para que não evoluam para quadros graves de ansiedade e depressão.
Como todas essas questões são abordadas pelo grupo de apoio: “Primeiro abordarmos as queixas atuais e, depois, conversamos sobre aquelas anteriores à pandemia. Juntos, pensamos como a pessoa imagina retornar às atividades quando a crise acabar. Precisamos sonhar! Caso necessário, indicamos que ela procure um tratamento depois do nosso encontro virtual. Lembramos que a pandemia tem prazo para acabar e estamos juntos nessa.”
Durante a conversa online, os psicólogos também sugerem ajustes na rotina e cuidados com a saúde mental. “São medidas importantes para enfrentarmos a quarentena de maneira mais leve”, diz Jane. Ela mesma intensificou os cuidados com o corpo e a mente – medita todos os dias, faz alongamento e exercícios para fortalecer os pulmões, além de seguir uma alimentação saudável.
Jane lembra que, em casa, nem sempre temos o material da academia. Mas podemos fazer adaptações. Usar um cabo de vassoura no lugar do bastão, sacos de tapioca como pesos... A psicóloga deixa mais um recado: “Afastem os móveis e criem espaços e, sempre que possível, mantenha as janelas abertas. O sol continua brilhando. Vamos curtir o acolhimento que ele nos oferece”.
ACOLHIMENTO PSICOLÓGICO NA PANDEMIA DA COVID-19
Foccus Núcleo de Psicologia Aplicada
*Agendamento por whatsapp: (11) 95093-7684 (de segunda à sexta, entre 9h e 18h).
*Atendimento remoto.
*Atendimento único com duração de 60 minutos.
*Profissionais formados em psicologia e com especialização em emergências e crises.