SEGUNDA SEM CARNE: TOPA O DESAFIO?

SAIBA MAIS SOBRE O MOVIMENTO QUE INCENTIVA A COMER MENOS CARNE 


Helen Almeida | Apr 22, 2019

Segunda-feira, 22 de abril, Dia Mundial da Terra: a data não poderia ser mais inspiradora para falarmos da Segunda Sem Carne, movimento que incentiva as pessoas a reduzirem o consumo de carne em amor aos animais e a favor da própria saúde e a do planeta. Se você já aderiu à ideia, convide um amigo para fazer o mesmo, que tal?

No início de 2019, a Segunda Sem Carne passou a fazer parte do calendário das escolas municipais de Nova York: no primeiro dia da semana, durante todo o ano letivo, os alunos terão opções vegetarianas de café da manhã e almoço. Um passo importante no reconhecimento do movimento que existe há 16 anos e está na rotina alimentar de pessoas de mais de 40 países, inclusive o Brasil. 

Por aqui, a Segunda Sem Carne foi lançada em 2009 pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) com o apoio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Hoje, o movimento também recebe o incentivo da Secretaria de Educação de São Paulo, e já é realidade na alimentação escolar de mais de 100 municípios. “Em 2018, foram servidas 67 milhões de refeições à base de vegetais, com três milhões de pessoas beneficiadas”, comemora a gerente da campanha da SVB, Mônica Buava.     

O Cardápio Escolar Sustentável assinado pela Bela Gil, lançado no fim de 2018, é o projeto mais novo nas escolas municipais para ampliar a Segunda Sem Carne — ir além de oferecer opções de proteína vegetal aos alunos. “Queremos envolver a família para todo mundo sonhar junto com a gente, para todo mundo perceber que o mundo que a gente quer começa pelo garfo”, complementa Mônica, que atribui o sucesso do movimento no Brasil à parceira com os setores público e privado. 

Na programação deste ano está prevista a introdução da Segunda Sem Carne em grandes empresas, como já acontece na IBM e Natura. Os restaurantes dentro das unidades da empresa de cosméticos servem refeições sem proteína animal, às segundas-feira, desde 2018, e a filosofia envolve não só os funcionários como toda a rede de colaboradores. “Além do tom convidativo para experimentar novos hábitos e sabores, o movimento tem sido um incentivo para mobilizarmos todas as pessoas envolvidas com a marca para a importância de escolhas mais conscientes a favor da saúde e dos cuidados com o meio ambiente”, explica Marcos Milazzo, diretor de Remuneração e Benefícios da empresa. 

500 hectares de vegetação preservados e 5 milhões de litros de água economizados por ano. São os números estimados com a atitude Natura de aderir a Segunda Sem Carne.

O BEM QUE VOCÊ FAZ

Uma pessoa sozinha também consegue resultados bem positivos em prol da própria saúde e a do meio ambiente, além de poupar a vida dos animais. Quer ver: cada vez que você deixa de comer carne e outros derivados animais (ovo, leite)

contribui para a redução de 14 quilos de CO2, o que equivale a 100 km rodados em um carro comum.

diminui o risco de desenvolver diabetes, ganhar sobrepeso, ter infarto e câncer, especialmente de intestino (cada 100g/dia de carne ingerida aumenta o perigo da doença em 19%). 

ajuda a baixar o número do abate animal.

PROTEÍNA GARANTIDA 

Cortar a carne uma vez na semana ainda funciona como incentivo para você diversificar mais seu prato. A SVB dá um exemplo da proporção ideal de alimentos para uma #segundasemcarne bem equilibrada em proteína vegetal e os demais nutrientes importantes na refeição. 

A VOLTA DA SEGUNDA SEM CARNE 

A primeira vez que se falou em Segunda Sem Carne foi na Primeira Guerra Mundial, quando a Administração de Alimentos dos Estados Unidos pediu à população que reduzisse o alimento para ajudar nos esforços de guerra. Mais de 13 milhões de famílias aderiram ao movimento, que foi retomado na Segunda Guerra e perdurou até o pós-guerra.

Em 2003, o médico americano Sid Lerner, em parceria com a Faculdade de Saúde Pública Johns Hopkins, relançou a ideia na tentativa de reduzir as doenças associadas ao consumo exagerado de carne. Deu certo! De lá para cá, mais de 40 países (o Brasil incluso) já aderiram ao movimento preocupados também em poupar o planeta e reduzir o abate de animais.