Higienizar corretamente os alimentos, infelizmente não é um hábito presente no dia a dia de todo brasileiro. Em um estudo do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC), sediado na USP, 52,3% das 3 mil pessoas entrevistadas afirmaram não higienizar as frutas de forma correta e 45,2% disseram não desinfectar as verduras. Pior: 30% não lavam as frutas e verduras antes do consumo, mesmo com a ameaça da Covid-19. Mas boa parte da população está mais atenta às medidas de higienização dos alimentos – um hábito que tem tudo para permanecer na rotina de muitas famílias mesmo depois de finalizada a pandemia do coronavírus, apesar de o processo demandar tempo e trabalho. 

Foto: Divulgação Docol

Água ozonizada 

Segundo órgãos de saúde, para a higienização correta, é preciso enxaguar as verduras na água corrente potável, deixar as folhas mergulhadas em água clorada de 15 a 20 minutos e, depois, passar novamente em água corrente, uma a uma. Isso tem feito as pessoas buscarem alternativas mais práticas, como a água ozonizada que, segundo o especificador técnico da Docol Otto Compiani, é até mais eficiente. “O ozônio elimina 99% das bactérias e 75% dos agrotóxicos presentes na superfície dos alimentos, além de neutralizar cheiro de alho, peixe, ovo e outros odores desagradáveis das louças, mãos e superfícies, em apenas 30 segundos”, afirma Otto. 

Qual é a mágica? “Por ser altamente oxidante, o ozônio tem o poder de romper a parede celular de bactérias e fungos, bem como o revestimento lipídico e proteico de vírus”. E contra o coronavírus, será que o ozônio é eficiente? Um estudo publicado na revista da Associação Internacional de Ozônio avaliou a atividade antiviral da água ozonizada frente ao SARS-CoV-2 como alternativa ao controle da disseminação do vírus em hospitais e outros ambientes.

Foto: Divulgação Docol

Para os experimentos, uma torneira especial, a Docolozônio, foi utilizada como fonte de água normal e ozonizada. Resultado: a concentração de 0,6 ppm de ozônio na água reduziu significativamente a multiplicação do vírus no ambiente em apenas 1 minuto de exposição. Ou seja, a água ozonizada pode ser utilizada na desinfecção de utensílios e superfícies, inclusive contra o coronavírus, de acordo com o estudo. 

O que é o ozônio

Formado por três átomos de oxigênio, o ozônio (O3) é um gás natural encontrado na atmosfera bastante reativo e muito instável. Significa que ele não consegue manter por um longo período de tempo sua estrutura original, se ligando facilmente a outras moléculas e, por isso, um potencial agente contra os poluentes presentes no ar de ambientes fechados. Porém, na concentração permitida por lei nos purificadores de ar, o ozônio não se mostra efetivo na descontaminação do ar, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e o Departamento de Saúde Pública de Connecticut (DPH). Diversos outros segmentos, no entanto, como indústria alimentícia, saúde, odontológica e veterinária, consideram o ozônio uma alternativa efetiva, viável e barata para a inativação de bactérias, fungos e vírus. 

Mais aplicabilidades 

Conheça outros usos seguros e eficientes do ozônio. 

Ozonioterapia 

Reconhecida nos Estados Unidos e países da Europa, o ozonioterapia usa a combinação ozônio-oxigênio com finalidades terapêuticas livres de efeitos colaterais. Acabar com dores articulares, reduzir processos tumorais, melhorar a circulação e a oxigenação amenizando os desgastes que ocorrem com o envelhecimento e aumentar o vigor físico e mental estão entre os benefícios comprovados. 

Água de piscina 

Com ação 3.125 vezes mais rápida que a do cloro, e mais eficiente na eliminação de microrganismos, o ozônio já é usado em muitas piscinas de clubes e residências. Ainda tem as seguintes vantagens: é menos poluente e não agride o organismo nem o meio ambiente. A água das piscinas tratadas com ozônio é mais saudável para quem tem problemas alérgicos (rinite, asma, bronquite) e não deixa os olhos ardendo, além de prevenir micoses e outras doenças de pele.