Provavelmente você já ouviu falar sobre a importância do ômega-3 para a saúde do cérebro, olhos e coração. Como se trata de um grupo de ácidos graxos poli-insaturados essenciais, ou seja, nosso corpo não é capaz de fabricá-los, a ingestão diária de alimentos fonte dessas substâncias é imprescindível.
O ômega-3 é responsável pela manutenção da estrutura da membrana celular, além de favorecer a fluidez, a sinalização e a interação entre as células. “Seus principais benefícios conhecidos estão relacionados à diminuição da inflamação e à prevenção de doenças crônicas”, acrescenta o nutricionista esportivo Filipe Testoni, de Santa Catarina. Participa ainda da regulação da pressão e da coagulação sanguínea, da tolerância à glicose e do desenvolvimento do sistema nervoso.
ALIMENTOS RICOS EM ÔMEGA-3
As principais fontes são os peixes de água salgada, que fornecem dois dos três ácidos graxos que compõem o ômega-3: DHA (ácido docosahexaenóico) e EPA (ácido eicosapentaenóico), mais facilmente absorvidos pelo nosso organismo. O terceiro é o ALA (ácido alfa-linolênico), vindo de fontes vegetais, especialmente das sementes (linhaça, chia e cânhamo), oleaginosas (nozes) e, em menor quantidade, das leguminosas.
Parte do ALA é transformado pelo nosso corpo em EPA e DHA, mas numa proporção muito pequena: não mais que 2%. Mesmo assim, a suplementação não é, de fato, necessária para as pessoas que consumem o ômega-3 a partir das sementes, segundo Filipe, que é especializado em nutrição vegetariana. “Uma colher de chá do óleo de linhaça ou chia ou uma colher de sopa das sementes trituradas, é suficiente para as mulheres obterem todo o ômega-3 que necessitam num dia, enquanto os homens precisam de 50% a mais.”
QUANDO SUPLEMENTAR
Durante a gestação, a suplementação pode ser interessante para prevenir o risco de nascimento prematuro. “Alguns profissionais podem recomendar as cápsulas de EPA e DHA também para quem precisa reduzir os níveis dos triglicerídeos e controlar a pressão arterial.” Existem estudos demonstrando ainda possíveis efeitos na diminuição da ansiedade e da depressão. Mas é importante salientar que há pouca evidência científica sobre esses efeitos.
OPÇÃO PARA OS VEGETARIANOS
Enfim, em algumas situações a suplementação de EPA e DHA é muito bem-vinda e até mesmo os vegetarianos estritos têm a opção do DHA vegano. Consiste em um óleo extraído de uma microalga, a Schizochytrium SP, considerada fonte inicial da cadeia alimentar de ácidos graxos ômega-3, já que é uma alga consumida pelos peixes e outros seres marinhos.
Ainda são poucas as marcas que disponibilizam o ômega-3 DHA vegano e, todas as existentes no mercado, são derivadas da mesma microalga. Geralmente, são produtos que vêm em cápsulas vegetais e não incluem ingredientes de origem animal. Mas é sempre bom checar a composição no rótulo para você ter certeza de que está adquirindo um produto realmente cruelty-free.
4 MARCAS DE ÔMEGA-3 DHA À BASE DE ALGA
Conheça algumas das opções disponíveis no mercado.
Veggy DHA, Naturalis (R$ 98,70 / 30 cápsulas)
Ômega-3 derivado da microalga schizochytrium. Cápsula 100% vegetal.
Composição: 200 mg de ácido docosahexaenóico (DHA) por cápsula.
Ômega 3 Vegan, Nutrify (R$129 / 60 cápsulas)
Extraído de microalga schizochytrium. Cápsula 100% vegetal.
Composição: 215 mg de ácido docosahexaenóico (DHA) por cápsula.
Ômega 3 DHA, Ocean Drop (R$ 169 / 120 cápsulas)
Também extraído da microalga schizochytrium. Cápsula 100% vegetal.
Composição: 200 mg de ácido docosahexaenóico (DHA) por cápsula.
Vegan Ômega 3 DHA, Pura Vida (R$ 134,97 / 60 cápsulas)
Composto pela microalga schizochytrium, contém cápsulas 100% veganas.
Composição: 215 mg de ácido docosahexaenóico (DHA) por cápsula.