Todos (ou pelo menos a maioria de nós) temos o hábito de gostar da comida bem quente, de preferência saindo fumaça. Amamos churrasco, grelhados e por aí vai. Mas também amamos a nossa saúde, certo? Então é prudente começarmos a rever alguns dos velhos hábitos.
A ciência comprova que, quando aquecidos em temperaturas muito altas (acima de 80ºC), os alimentos produzem substâncias tóxicas, como a acrilamina, eliminando o seu efeito antioxidante.
Por exemplo: quando aquecemos demais a proteína, através do processo de glicação, ela se transforma em açúcar. Ela também pode se transformar em gordura, pelo processo chamado de lipoxidação. Tanto a glicação como a lipoxidação ajudam a inflamar o corpo, aumentando a chance das doenças crônicas se manifestarem.
Os antioxidantes mais conhecidos são inativados entre os 42ºC e 100ºC, e entre 100ºC e 120ºC, são produzidas substâncias cancerígenas do tipo aminas heterocíclicas.
Isso quer dizer que precisamos comer somente Raw Food (alimentos crus)? Claro que não. A proposta é diminuir a temperatura do forno para até 80ºC (o conceito do Raw Food defende a temperatura máxima de 42ºC) e jamais deixá-lo passar dos 160ºC, além de substituir frituras e grelhados por alimentos cozidos a vapor ou estufados. Prefira sempre que possível, o forno ao fogão ou microondas. Vai demorar mais para o jantar ficar pronto? Vai. Mas tudo leva a crer que os benefícios dessa mudança de atitude valem cada minuto.
Como para tudo há exceção, o tomate e seus licopenos (também encontrados no damasco, na melancia, no papaia, goiaba, entre outros) adoram o calor, então, se for preparar um molho de tomate, pode aumentar o fogo sem medo.
Dica: entre os alimentos que compra no supermercado, evite aqueles muito torrados, como o café e os frutos secos, por exemplo.
Fontes: Journal of Agricultural and Food Chemistry, Food Pharmacy