A nossa alimentação influencia diretamente a saúde e bem-estar do corpo e da mente. Entre os benefícios de se manter uma boa alimentação, vale lembrar que existem, inclusive, alguns alimentos que podem auxiliar de forma positiva o humor. E quem não quer manter sempre o bom humor, não é mesmo?
A nutricionista, Dra. Panmella Cardinalli, explica como ocorre esse processo e lista alguns alimentos que, quando consumidos, ajudam na manutenção do bom humor. Mas ela frisa, não existem alimentos milagrosos: “O ideal é manter uma alimentação equilibrada, diversificada e prazeirosa”.
De acordo com a especialista, o nosso organismo produz neurotransmissores que estão relacionados ao humor e ao bem-estar. Dentre eles, destacam-se a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. A serotonina é produzida a partir do aminoácido triptofano, enquanto a noradrenalina e a dopamina são sintetizadas a partir da tirosina. A ingestão de carboidrato e o magnésio também têm papel importante na produção de serotonina. Outro importante nutriente relacionado ao humor é o Cromo, esse mineral está relacionado à expressão de receptores de membrana para serotonina no cérebro.
Para além das nomenclaturas técnicas, a Dra. lista alguns alimentos que podem ser consumidos para auxiliar positivamente em nosso humor.
OS ALIMENTOS DO BOM HUMOR
Banana: Rica em triptofano, além de ser uma excelente fonte de carboidratos, magnésio e vitamina B6, que estimulam a produção de serotonina.
Chocolate amargo (no mínimo 70% de cacau): é fonte de triptofano.
Aveia: é um alimento rico em betaglucana, uma fibra importante para o equilíbrio intestinal. Além disso é fonte de triptofano, magnésio e carboidratos.
Feijão, lentilha, aspargos, abacate, e vegetais verdes escuros como brócolis, couve e espinafre: Esses são ótimas fontes de folato.
Sementes de abóbora, castanha-do Brasil, semente de gergelim, semente de linhaça, castanha-de-caju, amêndoas, amendoim, gérmen de trigo, couve e espinafre: Ótimas fontes de magnésio.
Cúrcuma longa (Açafrão da terra): tem como substância ativa, a curcumina. Estudos em animais mostraram que a curcumina aumentou os níveis de serotonina e de dopamina, além de inibir as enzimas monoamina oxidase A e B (enzimas que degradam serotonina, norepinefrina e dopamina).
A Cúrcuma longa é um excelente alimento e pode ser consumido de diversas maneiras, como tempero em arroz, lentilha, legumes cozidos e grão de bico, por exemplo. A nutricionista recomenda adicionar esse tempero apenas no final das preparações, dessa forma as propriedades serão mantidas. Além disso, informa que é possível incrementar o tempero incluindo a pimenta do reino, cuja substância ativa é a piperina, que melhora a biodisponibilidade da curcumina.
Outra forma de consumir a cúrcuma, é fazendo uma decocção com o rizoma. Para fazer, basta levar ao fogo 3 colheres de café do açafrão da terra misturado em 200ml de água (1 xícara de chá) e deixar ferver por cerca de 10 minutos. Depois, pode-se consumir 1 xícara de chá de 1 a 2 vezes ao dia.
Fonte:
Dra. Panmella Cardinalli - CRN 9-6697. É Nutricionista especialista em Obesidade, Nutrição Clínica e Funcional, Fitoterapia Funcional e Comportamento Alimentar, além de ser Coach em Mindfulness e Mindful Eating. Instagram @panpoesiapracomer