matcha

MATCHA: ENERGIA E FOCO SEM O EFEITO REBOTE DA CAFEÍNA

Saiba porque o primo-irmão do chá verde tem mais benefícios


Eliane Contreras | Apr 14, 2021

Tão estimulante quanto o café, mas sem os efeitos rebotes (irritabilidade, taquicardia, queda brusca de energia e insônia) típicos da cafeína. Qual é o segredo do matcha? “A L-teanina, presente na composição”, responde a nutricionista funcional e holística Beatriz Teixeira, de São Paulo. Trata-se de um aminoácido capaz de anular os efeitos negativos da cafeína, também encontrada no pó verde, primo-irmão do chá verde. Daí o poder do matcha manter a mente ativa e o corpo relaxado. Aliás, os monges japoneses usam a bebida, há muitos anos, antes dos processos meditativos. Bem mais recente no ocidente, o consumo vem sendo adotado como alternativa ao café ou espécie de “energético” pré-treino, na forma de smoothies. O pó também pode ser usado em receitas, como panqueca, pão de queijo e cheesecake. 

Bom a qualquer hora

A versatilidade do matcha se estende ao horário de ingestão: pode ser ingerido de manhã, à tarde e, para quem metaboliza rapidamente a cafeína, mais tarde, perto da hora de dormir. “O fato da L-teanina relaxar o corpo acaba ajudando algumas pessoas a pegarem mais facilmente no sono e até dormir melhor”, comenta a nutricionista. O ideal é fazer o teste: consuma o matcha em momentos diferentes do dia (recomendação para 1 dose: 1 colher de chá/2 g para 1 xícara de água fria ou morna) e observe a resposta do seu organismo. Dica importante: o matcha sempre deve ter mais L-teanina do que cafeína. Como saber? “Confira na embalagem, na tabela nutricional, a quantidade de L-teanina, cafeína e catequinas”, disse Clara Palazzolo, co-fundadora da Push Matcha, na live com a VegMag (assista no nosso Instagram @vegmagbrasil). Na lista de ingredientes, o ideal é que o produto tenha apenas um item (Camelia sinensis, de preferência orgânica), assim ele pode ser consumido mesmo por quem faz jejum intermitente. “O matcha não corta o processo de cetose buscado no jejum”, afirma Beatriz.

Fazenda de Camelia sinensis orgânica, no Japão, a número 1 do mundo em qualidade. De lá vem o matcha da marca brasileira Push Matcha.

Faz bem para a pele e o coração

Os antioxidantes, da família das catequinas, são outros componentes que fazem do matcha um alimento tão especial. Dependendo dos cuidados com o cultivo e processo de transformar as folhas da Camelia sinensis no pó verde, a quantidade de catequinas varia de 10 a 100 vezes mais que no chá verde tradicional. Ou seja, o matcha combate fortemente o excesso de radicais livres, o que faz bem para a pele e o corpo todo. 

Por que custa mais que o chá verde

Existem motivos para o matcha ter um preço elevado: além do cultivo da Camelia sinensis acontecer apenas em quatro países – China, Coreia, Vietnã e Japão (neste último, estão localizadas as duas únicas fazendas orgânicas do mundo) –, é necessária uma quantidade enorme de folhas para a produção de alguns poucos gramas do pó. Mas, se depender dos efeitos positivos citados acima, o custo-benefício do matcha pode valer à pena – especialmente quando você passa a gostar do seu sabor adstringente e se sentir bem com os resultados.