Você sabia que um intestino alterado afeta negativamente as emoções? Não estou falando apenas de mau humor. A má saúde do órgão pode acarretar sintomas de desânimo, insônia e quadros graves de ansiedade e depressão. Esse risco existe quando a microbiota (nome atual da flora intestinal) está desequilibrada e, com isso, prejudica a absorção dos nutrientes e a imunidade do organismo. Os níveis de serotonina também ficam comprometidos, já que boa parte da produção do neurotransmissor, conhecido como hormônio do bem-estar, acontece no intestino – considerado o nosso segundo cérebro.
A boa notícia é que a saúde do intestino pode ser reparada com ajustes nos hábitos diários, como cuidar da qualidade do sono. Em relação à dieta, o ideal é buscar a orientação especializada para a elaboração de um plano alimentar personalizado. Mas, sabe-se que, para qualquer pessoa, é recomendado reduzir o consumo de açúcar. Também é importante evitar o excesso de alimentos industrializados, pois, assim como os alimentos adocicados, eles interferem no pH do intestino.
Outra estratégia importante é aumentar o consumo de alimentos naturais para beneficiar o funcionamento do trânsito intestinal e, consequentemente, favorecer a serotonina. Inclua no cardápio principalmente as opções ricas em cálcio (folhas verde-escuras, grão-de-bico e chia) e magnésio (linhaça, banana, espinafre). São minerais que estimulam a produção de triptofano, precursor de serotonina.
E, por último (mas não menos importante), pratique uma atividade física. Mexer o corpo com regularidade (no mínimo três vezes na semana) estimula o bom funcionamento do intestino e também favorece a produção de serotonina e de outros neurotransmissores relacionados ao prazer e bem-estar.
*Laís Murta é nossa parceira nutricionista especializada em nutrição funcional.