Pode ser que o panetone escolhido para sua festa de fim de ano ainda tenha gordura trans. Mas, em 2023, é certeza que esse ingrediente não vai mais aparecer no “bolo de frutas” natalino e em nenhum outro produto industrializado. A data limite para a indústria retirar totalmente a gordura trans (ou gordura vegetal hidrogenada) dos alimentos acaba de ser estipulada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Antes disso, até julho de 2021, a indústria já vai ser obrigada a reduzir para 2 gramas o total de trans no alimento. Hoje, dependendo do produto e da marca, ainda existe o risco de a dose ser bem maior, fazendo com que o consumidor ultrapasse facilmente os 2 gramas diários estipulados pela Organização Mundial da Saúde. É comum a gordura hidrogenada ainda estar presente em produtos como estes: panetone, sorvete, pipoca de micro-ondas, biscoito recheado e batata chips.
Mas, não é vegetal?
Apesar da origem vegetal, a gordura trans passa por um processo químico: óleos vegetais líquidos, como o óleo de soja, são transformados em gordura sólida com o uso de hidrogênio. Quanto mais hidrogenada, mais consistente a gordura fica. É usada para melhorar o aspecto dos alimentos e prolongar o prazo de validade, além de dar textura e crocância. O preço acessível também favorece bastante o uso de trans pela indústria, mas as consequências para a saúde são péssimas: considerada uma gordura altamente inflamatória, o consumo frequente é associado à obesidade e doenças do coração. Com se safar desde já dessa gordura? Priorize os alimentos frescos e evite ao máximo os alimentos industrializados.