Há 10 anos, o Brasil detém o primeiro lugar no ranking mundial de reciclagem de alumínio. Em 2020, o país reciclou mais de 97% das latas de refrigerante, chás e sucos coletadas, e segue como exemplo para outras nações, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alumínio (Abralatas). O trabalho do setor de reciclagem em conjunto com a cooperação da população com a coleta seletiva, permite que uma lata saia da prateleira, passe por todo processo de reciclagem e, em menos de 60 dias, volte para o supermercado. O que sobra na natureza é infinitamente menos que o plástico, material que  mais polui os oceanos e, mesmo depois do processo de decomposição, deixa vestígios. 

Outro motivo para você comprar bebida na latinha de alumínio: a reciclagem gera renda para os catadores. Muitas das latinhas descartadas corretamente nas lixeiras, são recolhidas pelos catadores locais, que se encarregam de levar o material para a reciclagem e, com isso, conseguir sustentar suas famílias. Segundo o CEMPRE (compromisso empresarial para reciclar), o alumínio vale oito vezes mais do que o vidro e 14 vezes mais do que o papelão para o mercado de reciclados. No ano passado, foram comercializadas 375,7 mil toneladas de latinhas de bebida. Desse total, 366,8 mil toneladas foram coletadas e reaproveitadas.

Quando compra sua bebida na latinha de alumínio, no lugar da embalagem de plástico, você contribui para:  

. Geração de empregos

. Sustentabilidade 

. Diminuição de 70% das emissões de gases de efeito estufa do ciclo de vida da embalagem

. Educação socioambiental para as futuras gerações e pessoas que fazem parte da sua vida 

VIDRO E PLÁSTICO 

As garrafas de vidro também são recicláveis, mas não significa que sejam recicladas. Apenas 40% são descartadas corretamente, em todo o país. Isso acontece porque o material é pesado e, portanto, encarece o transporte. Outro problema é a falta de fábricas que reciclam o vidro: existem apenas cinco delas no Brasil. No caso do plástico, a porcentagem é um pouco maior: 51% das garrafas pet são recilcladas, segundo censo da Associação Brasileira de Indústria do Pet (Abipet), mas o restante que sobra na natureza demora mais de 300 anos para se decompor. Em contato com a água, o plástico é transformado em microplástico, que absorve as toxinas presentes no mar e contamina os peixes e animais marinhos.

PONTOS DE COLETA E RECICLAGEM

Pesquise pontos de coleta próximos ao seu endereço no site da prefeitura da sua cidade. Os moradores de São Paulo podem acessar o portal Recicla Sampa, que indica a cooperativa existente em cada bairro. Utilize também aplicativos de reciclagem, como Cataki e Rota da Reciclagem.