Modelo ainda desconhecido pela maioria dos brasileiros, a medicina integrativa vai além da prevenção e tratamento de doenças. "É uma prática adotada por médicos preocupados em também promover saúde e bem-estar, além de valorizar a espiritualidade apoiados em autoconhecimento e autocuidado”, explica o médico e professor do Instituto de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Henrique Rêgo.
Essa medicina não exclui a convencional, mas complementa o modelo médico predominantemente ensinado nas universidades, sobretudo no ocidente. “Decidi estudar os conceitos e conteúdos que compõem a abordagem integrativa ao perceber que as ferramentas que eu dispunha até então nem sempre eram suficientes para ajudar de fato os pacientes”, explica Henrique. Os médicos especializados em medicina integrativa cuidam do paciente em seu todo, o que significa tratar igualmente da saúde do corpo, da mente e do espírito, proporcionando um tratamento mais completo e eficaz.
“O objetivo do cuidado integrativo é ser o mais completo possível para atender as necessidades de uma pessoa, em sua individualidade”.
A abordagem é personalizada e o plano de cuidados diferente para cada pessoa, o que favorece a relação entre o profissional e o paciente e cria um vínculo de confiança e parceria, sem hierarquia pré-estabelecida. "A assertividade terapêutica também depende do diálogo aberto", comenta Henrique.
Quando acredita no tratamento médico e segue as recomendações, o paciente se torna o protagonista do processo de cura. Passa a fazer atividades que melhoram sua qualidade de vida, saúde mental e, consequentemente, saúde do corpo. É um processo contínuo que, se adotado como estilo de vida, garante um envelhecimento saudável.
“A Medicina e Saúde Integrativa reafirmam a importância da relação entre o paciente e o profissional da saúde. É um cuidado focado na pessoa em seu todo”. É assim que o Consórcio Acadêmico para Medicina e Saúde Integrativas explica a Medicina Integrativa.
PRÁTICAS INTEGRATIVAS COMPLEMENTARES NO SUS
A medicina integrativa não é exclusividade dos médicos particulares. Atualmente, 3.173 municípios do Brasil oferecem terapias complementares pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Até o momento, são 29 procedimentos.
De acordo com dados do Governo Federal, em 2017, foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares como acupuntura, yoga e terapia comunitária. Estima-se que, entre atendimentos individuais e coletivos, cerca de 5 milhões de pessoas participam, por ano, dessas práticas disponibilizadas pelo SUS.
Para saber mais sobre os procedimentos disponíveis no SUS, entre em contato com a Unidade Básica de Saúde mais próxima.